quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

CIDADANIA X IGREJA

No dia de ontem, 10 de dezembro, realizamos uma reunião de trabalho com a prefeita eleita recentemente, contando com a participação de quase 80 lideranças de nossas comunidades... Sentimos e vimos os olhos da maioria dos participantes brilharem, denotando otimismo e espectativa positiva em relação a administração dos próximos anos. Oxalá essa expectativa se concretize! Porém, temos claro que essa é uma tarefa de todos... Mãos à obra!
Abaixo segue a palavra manifesta por representante da Igreja (Paróquia Nossa Senhora das Graças:

CIDADANIA x IGREJA

APELOS DA IGREJA
Frente aos apelos do Evangelho e o chamamento que a Igreja tem manifestado ao longo da história e em particular nos últimos documentos, sentimo-nos na responsabilidade de levar adiante, como tarefa, como missão-serviço, uma prática que vá de encontro às urgências e carências de nosso povo... Não queremos estar de fora, ausentes e omissos em nossa missão de promover o exercício da cidadania em todas as nossas ações. Vivemos hoje, um momento oportuno, que poderá incrementar uma nova prática em nossas relações sociais-políticas e estabelecer uma interação positiva em favor do povo, vítima do descaso e desatenção dos poderes constituídos, que se arrasta há décadas para não dizer a séculos....
Diz o último documento da Igreja, “Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil: “...a Evangelização exige muita atenção à situação em que vivemos, bem como sincera abertura de espírito e solidariedade diante das aspirações, angústias e interrogações da nossa época. ...Para alcançar este objetivo, é necessária uma “permanente conversão pastoral” por parte dos bispos, presbíteros, diáconos permanentes, consagrados, leigos e leigas, para que não nos instalemos “na comodidade, no estancamento e na indiferença, à margem do sofrimento dos pobres” (DGAE, n.55)
“Todos os fiéis são também impulsionados pelo Espírito a participar da vida política, pois a vida cristã não se expressa somente nas virtudes pessoais, mas também nas virtudes sociais e políticas. Os leigos, devidamente formados, devem estar presentes na vida pública, atuando como verdadeiros sujeitos eclesiais e competentes interlocutores entre a Igreja e a sociedade...” (DGAE, n.86)
“Incentive-se cada vez mais a participação social e política dos cristãos leigos e leigas nos diversos níveis e instituições... Incentive-se a participação, ativa e consciente, nos Conselhos de Direitos...” (n.187) “Acompanhe-se o trabalho do Legislativo, do Executivo e do Judiciário, em seus diversos níveis e instâncias, a fim de evitar a corrupção, a impunidade, o prejuízo ao bem comum...” (n. 189)

RESPOSTA DA COMUNIDADE

A comunidade quer abrir espaços de discussão e participação junto ao poder público e fazer-se protagonista de uma história a ser traçada com a contribuição de todos.
Quer implementar uma prática de educação para a cidadania, através de atividades formativas como seminários, mesas redondas, semanas de fé e política além de atividades que nos remeta a ações reivindicatórias em favor de situações mais urgentes que afetam a vida e comprometam a dignidade do povo.
Igualmente, nossas 17 comunidades querem ser um espaço de serviço em favor da vida e da dignidade nos vários bairros em que estamos instalados; ou seja, em acordos pré-estabelecidos, nossos espaços físicos deverão estar a disposição de iniciativas do poder público em favor de ações que venham de encontro às necessidades dos cidadãos.

NB: Para que esses objetivos possam fluir e se tornarem uma prática cidadã, julgamos por bem sugerir dois nomes que representem nossas comunidades para fazer esta ligação junto ao poder executivo e secretarias correspondentes.

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