quinta-feira, 2 de abril de 2009

Semana Santa - Páscoa


Semana Santa inicia com o domingo de |Ramos e tem o seu ponto alto no Tríduo Pascal: 5ª, 6ª e sábado. A Semana Santa abraça os mistérios principais de nossa fé. Ela é uma riqueza que não se esgota nunca. É uma fonte de vida. A semana é santa porque acompanhamos os últimos passos de Jesus e porque nós a santificamos, pela caridade, oração e conversão (também pela confissão e perdão dos pecados)




Dia de Ramos

1. O que aconteceu com Jesus.

O dia de ramos marca para Jesus a chegada em Jerusalém. Jesus falara muitas vezes que precisava ir a Jerusalém ser preso, sofrer, morrer e depois ressuscitar. Jesus foi bem acolhido pelo povo simples de Jerusalém, que o aplaudiu como seu rei, gritando vivas de alegria e balançando ramos de oliveira. Seria como acolher Jesus hoje com faixas, lenços, fogos de artifício e rojões.

  1. O que celebra a comunidade.

+ No domingo de Ramos nós recordamos e revivemos o que aconteceu com Jesus. Trazemos ramos verdes e aclamamos Jesus como nosso Senhor e rei.

Quinta-feira Santa

1. O que aconteceu com Jesus.

É o último dia em que Jesus passou na intimidade com os seus apóstolos. Ele deixou muitas recomendações. Dois fatos principais marcaram este dia: o lava-pés e a última Ceia. Jesus surpreendeu os apóstolos, lavando-lhes os pés e surpreendeu ainda mais quando ao tomar o pão disse: ‘isto é o meu corpo’ e tomando o vinho diz: ‘isto é o meu sangue’. Com o lava-pés Jesus se declara o servo de todos e através da eucaristia ele se esconde no pão e se dá a todos como alimento.

2. O que celebra a comunidade

A comunidade na quinta-feira santa revive o memorial do Senhor, por isso:

  1. Faz o lava-pés para recordar o gesto de Jesus, para dizer que devemos refazer este gesto na vida, não mais lavando os pés, mas através dos gestos de caridade.
  2. Celebra a Ceia do Senhor, o Memorial do Senhor.
  3. Faz a adoração da Eucaristia. A comunidade fica em adoração, diante do Cristo presente na Eucaristia, desde a noite da quinta-feira até o meio dia da sexta-feira.

Sexta-feira Santa

1. O que aconteceu com Jesus

Jesus foi torturado, condenado à morte, carregou a sua cruz até o Calvário, foi pregado na cruz, foi morto e depois enterrado. Jesus deu a sua vida por nós.

2.O que celebra a comunidade

A comunidade celebra o sofrimento e, sobretudo o amor que levou Jesus a dar a sua vida por nós. A sexta-feira santa tem quatro pontos altos

- Leitura da paixão e morte.

- Oração universal. Reza-se por todos os povos e toda a humanidade, para dizer que o Cristo, através do seu amor e da sua morte não salva só os católicos e os cristãos, mas toda a humanidade.

- A adoração e o beijo da cruz. É um gesto simbólico. Ao adorar e beijar a cruz homenageamos e fazemos um gesto de amor ao Cristo crucificado e ao seu amor por nós.

- Procissão do Cristo ‘morto’. Cristo não está morto, está vivo. Saímos em procissão com a imagem do Cristo morto para proclamar que ele morreu por nosso amor e para recordar que ele continua sofrendo e morrendo na vida do povo.

N.B. Em respeito à memória da morte de Jesus, neste dia não há missa.

Sábado Santo, Páscoa, Ressurreição.

1. O que aconteceu com Jesus.

Aconteceu o mistério da ressurreição. O Pai ressuscitou Jesus. Jesus passou da morte para a vida, das trevas para a luz.

2. O que celebra a comunidade.

Celebra ao mesmo tempo o grande mistério da fé: Jesus está vivo, Ele vive e a vida nova dos discípulos de Jesus. É a celebração pascal e a celebração batismal ao mesmo tempo. Dois grandes símbolos iluminam a celebração pascal:

- A luz. A bênção do fogo. O Círio pascal representa o Cristo, luz do mundo; as velas que a comunidade acende simbolizam a luz da fé e do batismo.

- A água. Cristo é a água que gera uma vida nova. A água do batismo nos faz mergulhar em Cristo e renascer como criaturas novas.



PÁSCOA

Páscoa de Jesus, páscoa do mundo, nossa páscoa.

Dia de festa. Festa da vida. Festa da esperança. A vida vence a morte. A alegria vence a dor. O dia supera a noite. A luz vence as trevas. Páscoa é o dia eterno da eterna presença do ressuscitado no meio de n os. Com Maria, com Pedro, com Paulo, com Joana, com Madalena, com milhares de discípulos e mártires podermos dizer: Cristo está vivo e vive no nosso meio. Por isso a páscoa é a festa das possibilidades: do ramo quase seco, surge um broto novo; da dor, brota o sorriso; da cruz, nasce a esperança; o desanimado dá saltos de alegria;

Páscoa é festa da presença. O ressuscitado vive e é n osso parceiro de todas as horas e de todos os lugares – disso dão testemunho as narrações da ressurreição. Estamos na praça (como com Maria Madalena), lá está Ele; estamos num encontro (como com dois apóstolos), lá está Ele; estamos ao longo do caminho (como com os discípulos de Emaús), lá está Ele; estamos na praia (como com alguns apóstolos), lá está Ele; estamos no trabalho (como com os pescadores), lá está Ele; estamos partilhando uma refeição, lá está Ele. Cristo ressuscitado vai cumprindo a sua promessa de estar conosco todos os dias e em qualquer lugar.

Páscoa é a festa da construção. Páscoa é convocação. Páscoa é tarefa. Todos podemos ser instrumentos de páscoa, operários da páscoa. Posso construir a páscoa dentro de minha vida, dentro da família. Podemos construir a páscoa da comunidade e da paróquia. Mas o mundo está sedento de páscoa: a paz pede passagem no lugar da violência; a dignidade quer o lugar do desprezo da vida; a inclusão quer acabar com a exclusão; a alegria quer ocupar o lugar das drogas; a criancinha quer nascer e ter chances de viver; os jovens querem razões e valores para viver; os casais precisam de novas relações familiares; os idosos clamam por mais respeito.

Que todos sejamos arejados e banhados pelo sopro da páscoa. Sejamos discípulos e missionários da páscoa.

Pes. Natal/Gelmino

Imagem: http://www.lendorelendogabi.com/datas/a_semana_santa.htm

Nenhum comentário:

Postar um comentário